segunda-feira, 13 de abril de 2015

Fim de dia na praia

      Sentada na esplanada, já a meia luz, observava os passos descontraídos daqueles que se deslocavam diante os seus olhos. Um pouco mais ao fundo, as últimas toalhas e guarda-sóis erguiam-se e seguiam rumo às suas casas. A areia ficava deserta e a água movimentava-se apenas com a brisa que se levantava. Uma madeixa solta-se do longo cabelo, bem apanhado, que revelava um rosto de perfeitas feições, quase como se esculpido em pedra; os lábios, de um vermelho intenso, contrastavam com o límpido azul dos olhos, estes que escondiam muitos pensamentos e algumas farpas.
      O Sol que submergia no oceano brindava o fim da tarde com os seus tons de laranja e encarnado, e a rapariga absorvia todo aquele cenário. Absorvia e imaginava como seria estar ali com alguém a seu lado, imaginava como seria bom ter a sua alma gémea a contemplá-la enquanto o seu rosto contrastava com a paisagem. A rapariga, imaginava o que não era preciso dizer, porque a expressão na cara daquele que amava mostrava o quanto a desejava e o quanto sortudo era por poder ter alguém tão especial no seu caminho. Aquela, de cabelo apanhado e de límpidos olhos azuis, sonhava e desejava que um dia todas estas imagens passassem a ser reais e tivessem vida!
      O ar quente do dia converteu-se em ar fresco da noite, toda ela com um céu estrelado. A rapariga, já não sentada na esplanada mas no muro de pedra que separava o paredão da areia, de olhar calmo, pensava em todos os sonhos que tinha e questionava-se quando seria a sua vez de ser feliz...

Fénix

O karma da Fénix... Sempre que morre consegue  reviver, levantar-se sobre as suas próprias cinzas e abraçar o céu, como se todo ele fosse in...