sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Poema "Voz Que Se Cala"


Amo as pedras, os astros e o luar
Que beija as ervas do atalho escuro,
Amo as água de anil e o doce olhar
Dos animais, divinamente puro.

Amo a hera, que entende a voz do muro
E dos sapos, o brando tilintar
De cristais que se afagam devagar,
E da minha charneca o rosto duro.

Amo todos os sonhos que se calam
De corações que sentem e não falam,
Tudo o que é Infinito e é pequenino!

Asa que nos protege a todos nós!
Soluço imenso, eterno, que é a voz
Do nosso grande e mísero Destino!...

(Florbela Espanca)

Fénix

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